Inspirada em tribos das favelas paulistanas do final dos anos 90 e início dos anos 2000, a coleção de Verão 2017 de Felipe Fanaia desfilada na Casa de Criadores é uma verdadeira aula de como se faz moda genderless.
Entre estas tribos estão os cybermanos, os clubbers das comunidades que usavam dos recursos que tinham para se manterem inseridos na febre clubber da época, com acessórios improvisados e looks customizados que rendiam resultados únicos. O movimento de funk ostentação das favelas paulistanas se fundiu com o movimento dos cybermanos para a construção do conceito de uma coleção de linhas mais retas, shapes amplos e mood minimalista.
Entre as peças-chave da coleção de verão 2017 de Felipe Fanaia estão calças amplas, releitura da calça semi-bag da década de 90, cinturas ora baixíssimas e ora altíssimas, bolsos oversized que imitam mochilas, recortes inesperados, chemises longas, moletons que fazem vez de vestidos e muitas simetrias. A cartela de cores é composta por preto, branco, prateado, passeando pelo azul e vermelho desbotado.
As coleções genderless (ou sem gênero) da marca são possibilitadas pela mescla que fazem entre os universos masculinos e femininos sem descaracteriza-los, gerando resultados que funcionam para ambos os sexos.
A construção da coleção teve apoio da Vicunha Têxtil com jeans e sarja resignada em destaque nas peças. Os acessórios de metal são assinados pela Cryptanthus, os óculos são da marca russa Fakoshima e, nos pés, os modelos calçam sapatos da Hardcore Footwear. O styling do desfile foi assinado por Robert Dognani, a beleza é de Adal Alves e a trilha foi trabalho de Jeff Ferrari.
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Bisous, Mai.
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