Post completamente randômico apenas para avisar que hoje, dia 25 de Junho, o filme “O Diário de uma Paixão” completa 10 anos desde sua estreia em solo americano.
O filme foi baseado no best-seller “The Notebook” do Nicholas Sparks, com direção de Nick Cassavetes e estrelado por Ryan Gosling – minha paixão platônica Hollywoodiana – e Rachel McAdams. Vale chegar em casa e assistir ao longa pela milésima vez, né? <3
Teus olhos. Semi Cerrados. Quase verdes; muito castanhos; e em um tom acinzentado.
Teus olhos de cor própria e exclusiva. Cor-de-sono. Já te contaram que meus dias giram de acordo com a sonolência dos teus olhos? Sempre eles, sempre estes.
Gosto quando por fechar, antes de dormir. Sempre eles, sempre estes olhos dorminhocos. Mais meus do que teus.
Que eles nunca se cansem de me fitar. Cê sabe do que eu tô falando. Quando estou distraída e quando me desespero. Teus olhos são calmos.
Enquanto me dispo e enquanto me troco. Estes perversos. Cê sabe…
Quando cruzam com os meus, sempre arregalados sem perder nenhum suspiro. Quando espelham o reflexo da minha inocência e quando piscam em busca de respostas.
Eles. Teus olhos em tons de verde; quase cinza claro. Num tom de castanho intenso. Teus olhos de cor própria e exclusiva. Cor-de-limonada.
Que o nosso “para sempre” dure apenas o tanto indicado no prazo de validade. Não precisamos mais do que isso. Mas, teus olhos, cê sabe, quero sempre mais uma mirada. Encare meu sorriso que hoje é só teu. Se abre de orelha-a-orelha enquanto os teus olhos se fecham de um canto para outro.
Apesar do que foi e além do que vier, aqui estou eu, escrevendo sobre teus olhos sonolentos. Hoje. Depois do que passou e do que nunca mais será. Durante esta madrugada. Mais uma vez.
Desculpe-me a distração e a fugacidade que deixei. Assim, sem querer. Existe alguém que lê antes de concordar com os termos de uso?
Dos erros o que eu gostei, em longos treze meses. E aí virou do avesso, o forro que tocava com suavidade, mais aconchegante que a parte em cetim. Você. Nós dois.
Desculpa a intensidade de cada sílaba que eu gri-tei; e in-sul-tei; e a-mei. O que era perfeitamente certo no lado errado e no momento mais inoportuno. Cê sabe, em um copo d’agua a minha tempestade ultrapassa os mililitros permitidos na expressão. Sinto muito por meus acertos, mas dos meus erros eu não abro mão.
Lembro-me do chiclete de melancia com hortelã e dos teus olhos sonolentos. Sono vespertino, fora do horário normal; mas o silêncio não combina com você e é por isso que ainda estranho a ausência. Pô, sinto muito por esse meu apego desnecessário.
Curtos treze meses que contabilizaram por tanto tempo apenas dois grãos de areia localizados no topo da ampulheta. Mas não se apegue ao meu apego por números de pouca importância – de novo o tal do apego – é que me lembrei que já faz um ano desde que virei as costas pela última vez. Tenho certeza de que foi a última, entretanto ainda soa como a primeira.
Desculpa a reviravolta de segundos em sua vida e a partida deixando mínimos vestígios, tentando ser imperceptível, ou algo do tipo. Talvez não quisesse ser lembrada e talvez estivesse desesperada por memórias drásticas. O toque dramático que eu sempre instiguei.
E o nosso treze do azar foi sorte durante este tempo. Desculpa se a sua sexta-feira foi treze quando para mim ainda era dia doze. Tua indecisão contínua, nossos desesperos mútuos.
E, cara, desculpe-me; sei que não pedi para você ficar mesmo quando eu o queria desesperadamente, mas no fundo você bem sabia: não fui feita para caber, fui feita para transbordar.