Desculpa ter participado do pior encontro da sua vida. Foi mal, cara! Não foi por querer.
E desculpa ter chorado no seu ombro sobre o garoto que eu gostava e me deu um fora semana passada. Foi muito gentil da sua parte ter comprado um lencinho e um antidepressivo enquanto eu me esperneava no chão e pedia um pouco de carinho.
Juro que não foi minha intenção ter feito você engasgar com a pipoca no cinema quando resolvi desabafar, assim, no meio do filme, que eu só tinha saído com você pra esquecer o tal do cara que me chutou.
Sinto muito por ter sido eu que te levou pro hospital por conta do milho da pipoca entalado na sua garganta. Eu dirijo meio mal, sabe como é. Mas põem a multa de excesso de velocidade no meu nome. Pode pôr.
Desculpa também de ter xavecado o enfermeiro do pronto-socorro bem na sua frente no dia do nosso encontro. É que ele tinha o mesmo buraco entre os dentes daquele cara que eu comentei no cinema antes do lance do milho e de você vir parar aqui.
E por último, desculpa eu ter vomitado no painel do seu carro quando você gentilmente me levava para casa. É que ontem, pensando nele, eu misturei três tipos de bebidas que só chegaram ao efeito colateral agora. Com você. No seu carro. No nosso encontro.
Sei que tô na sétima ligação em um bate-papo com a sua secretária eletrônica e talvez isso esteja te aborrecendo. Desculpa. É que eu só queria deixar claro que eu realmente sinto muito.
Foi mal, cara!
Mas, se quiser repetir o encontro é só me atender.
TU, TU, TU….
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