– Por quê eu, e todo mundo que eu amo, escolhemos ficar com pessoas que nos tratam como se fôssemos um nada?
– Nós aceitamos o amor que julgamos merecer.
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Taí, “As vantagens de ser invisível” é daqueles filmes lotados de frases de efeito que se repetem ao longo da história e fazem com que a gente exerça pelo menos três reflexões ao seu término: A contextualização, a superação e a emoção.
Vou explicar. Se analisarmos, o filme tem um roteiro inteiro baseados em traumas. Alguns graves, outros nem tanto, mas todos dolorosos. Contextualizando para as nossas próprias histórias veremos o quanto somos traumatizados ainda que de modo sutil. Tô falando de amor – é, pra variar. De cada amor que termina ganhamos um tantão de hematomas, cada um demorando um tempo indeterminado para curar. Acostume-se, não dá pra fugir.
Aí entra a parte da aceitação. Aceitar que a coisa tá ali por alguma razão. A coisa – vulgo cicatriz – tá ali para que possamos aprender com o que já passou, fazer da dor uma superação. Tirar uma lição daquilo que há um tempo parecia falta de ensinamento ou instrução. Os erros – bato sempre nessa tecla – se os retirarmos, da gente não sobra mais nada. Os traumas e os erros são nossos mais poderosos e indestrutíveis escudos.
A emoção? Essa fica por conta daquelas quase lágrimas meio disfarçadas de entrou-um-cisco-no-meu-olho que escapam quando os créditos – ao som de uma música do David Bowie – começam a passar. Talvez tenha sido só eu e o meu sentimentalismo meio bobo de chorar até com comercial de margarina. Bom, assiste e depois me conta…
Mas sério, leve a frase em consideração. Não aceite um amor medíocre, pequeno. Escolha a profundidade, a imensidão. Tem obrigatoriamente que preencher!! Seja egoísta e ambicioso assim, na melhor tradução das palavras: Escolha um amor que seja só seu tratando-o de igual maneira. Tratar alguém como seu único também faz de você alguém especial. Me entende? A gente aceita o amor que julgamos merecer.
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“Eu sei que tudo isso serão apenas histórias algum dia. Nossas fotos se tornarão velhas fotografias e todos nós nos tornaremos mãe ou pai de alguém. Mas agora, exatamente agora, esses momentos não são histórias. (…) Nesse momento, eu juro, nós somos infinitos” – As vantagens de ser invisível
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