Até poderia ter ido do jeito certo, sabe? Ah, mas me desculpe, eu sou toda errada. Eu falo sempre que quero e quase sempre o que quero.
Eu caio, às vezes de lado, às vezes de costas e eu sempre quebro a cara. Dou tropeços também. Não, não, não tropeço nos outros, eu me tranço em meus próprios passos e adivinha? Caio de novo!
Aí eu falo, eu grito, eu choro. Na boa, para de choramingar pra dentro! Chora de soluçar, até a cabeça doer e os olhos incharem. Pega tudo que tá amassado aí dentro de ti e transforma em drama. Isso mesmo, nada como um bom drama pra adicionar a intensidade que a rotina pede.
Aí eu grito, esnobo e volto atrás uma, duas, três vezes e mudo de novo. Peço paciência mas no fundo eu nem quero. Não sou boba, mas me faço de, só pra poder errar mais um pouco.
Na boa, me joguei. De cabeça pra nem ter como me proteger. Dói, mas relaxa que a dor foi feita pra isso mesmo: pra ser sentida. Assim como o medo foi feito para que gente como eu saiba como lidar com o trauma das quedas.
Fazer parte do grupo de pessoas que faz as coisas o mais certo possível é válido , eu mesma já estive junto com eles durantes anos, mas depois que a gente aprende a viver encara tudo de maneira diferente. Eu erro, mas eu erro uma vez pra acertar na próxima. Até dá para acertar de primeira……mas cadê a graça nisso? Divirta-se com teus erros, rapá.
Opa! Escrevi esse texto e já acho que fiz besteira de novo. Sem problemas, no próximo eu acerto.
Mainá Belli
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