Citando aqui um dos maiores gênios da física em uma das frases mais incríveis que já pude ler: “Eu não tenho nenhum talento especial. Sou apenas apaixonadamente curioso”.
Eu que nunca fui boa em Física já tenho um motivo razoável para agradecer Albert Einstein. Obrigada ao senhor que tem nariz de batata, um bigode engraçado e que – na minha memória fotográfica – sempre tá com a língua de fora. Não me julga, cara! A culpa é sua que, apesar de achar que faltava um talento especial, virou ícone de inteligência. Eu “jogo” seu nome no google e, além de sites sobre fórmulas físicas, aparecem suas fotos de língua de fora com um montão de frases legais.
Agradeço pois às vezes me sinto assim. Muita gente se sente, eu acho. Sim, perdidos na vida. Bando de zumbis de línguas de fora desprovidos de um talento único que nos diferencie dos outros quase sete bilhões de seres por aí. Meio egocêntrico confesso, mas verdadeiro também.
Vou pegar como exemplo então a frase em questão. Porque talento manjado eu não tenho nenhum que ninguém consiga combater. Desenho razoavelmente, dou bons conselhos amorosos e profissionais e escrevo com uma certa facilidade. Mas, se alguém me perguntar se tem alguém que faça isso melhor que eu, consigo citar pelo menos duzentas e vinte pessoas. É, fazer o quê?
E se o meu talento especial fosse o de ser apaixonadamente curiosa? É que eu quero ler todos os livros que estiverem ao meu alcance – e os que não tiverem eu dou um jeito de obtê-los. Filmes? Quero devorá-los como quem devora pavê de brigadeiro branco. Quero manjar de todos os softwares de informática, funcionamentos de programa de tevê, técnicas de obra de arte, bastidores dos teatros, cirurgias que curam e que criam auto-estima, das leis do nosso país, do que faz a economia girar, do comportamento humano, de como se organizam as mentes mais brilhantes, do que são feitos os sonhos e entender se as nuvens poderão um dia se tornarem doces como o semelhante algodão doce.
É que, modéstias à parte, no quesito “curiosidade” eu sou realmente uma talentosa imbatível. Hm, só na categoria “Física” que, desculpa aí Sr. Einstein, tô passando – desde a época do colegial – bem longe…
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