Assistir o desfile de Verão 2017 da Isabela Capeto na SPFW assim, ao vivo, foi definitivamente uma experiência emocionante. Primeiro, porque a estilista estava há anos sem apresentar uma coleção no evento e segundo, porque eu sou fanzoca do trabalho dela.
O foco da coleção foi uma reflexão sobre o tempo e a velocidade do mundo moderno: “O tempo de hoje é muito diferente do tempo de outros tempos. A vida passa mais rápido, transmitida segundo a segundo, e o novo se esgota em um clique”, segundo a equipe da marca. A crítica é muito pertinente, já que a moda é também grande responsável pela rapidez desenfreada, a exemplo das novas peças e coleções que são, por vezes, diariamente lançadas. Isabela tem razão: tudo isso deixa a gente um pouco louco.
Foto: Zé Takahashi / FOTOSITE
Foto: Zé Takahashi / FOTOSITE
Isabela Capeto – Primavera/Verão 2017
Uma das inspirações da coleção foi o filme “Alice Através do Espelho”, no qual a protagonista, assim como a designer, teme a corrida contra o tempo – o relógio presente no cenário deixou tudo ainda mais marcante e com uma aura um tanto quanto mágica.
Sempre a serviço da atemporalidade, Isabela Capeto apresentou uma coleção delicada, com foco no seu carro-chefe: o artesanal. Destaque para vestidos acinturados, aplicações de canutilhos e mini flores recortadas, em referência às botânicas do século XIX, época em que se passa o filme de Alice. Rendas antigas compradas em cortes únicos, bordados e rebordados, babados, aplicações e minuciosidades são exemplos do que só um excelente trabalho à mão poderia trazer.
Foto: Zé Takahashi / FOTOSITE
Foto: Zé Takahashi / FOTOSITE
Ficha Técnica:
Estilista: Isabela Capeto
Direção e styling: Felipe Veloso
Assistente de styling: Carol Sofia
Produção Executiva: Tininha Kós
Produção Musical: Cris Naumovs
Cenografia: Suzane Queiroz
Make up & Hair: Max Weber
Joias: Insane Felipe Veloso para Kylat Joias
Bijoux: Brir
Sapatos: Marcela B.
Lingerie: Verve
Assessoria de Imprensa: Multifato Comunicação
Apoio: Di Greco
Agradecimento: Francisca Capeto, meus pais, meus amigos, The Walt Disney Company Brasil, toda equipe Isabela Capeto, minhas bordadeiras e costureiras.
Foto: Zé Takahashi / FOTOSITE
Acompanhe todas as matérias sobre os desfiles da semana de moda paulistana pela tag SPFW.
A cada SPFW, um batalhão de posts aqui no Virou Tendência – além de amar assistir desfiles ao vivo, eu amo também escrever, analisar e dar meu pitaco sobre os materiais, cores e shapes apresentados na principal semana de moda do país. Mas, mais que analisar as tendências para a primavera e verão 2017, este post foi destinado a contar minha experiência na 41ª edição da São Paulo Fashion Week – o que eu escolhi vestir, lounges que visitei, desfiles que assisti e toda a correria que rolou por lá. Aquele tipo de post bem egocêntrico que eu acho divertidíssimo de se escrever e – espero muito! – que você também goste de ler. Bora lá?
Nesta temporada recebi convites para assistir três dos desfiles que estavam acontecendo na Bienal: o da Isabela Capeto e da Triya na quarta-feira e o da GIG Couture na sexta. Para o primeiro dia ganhei convites para levar um acompanhante e como o João é designer de moda, de cara pensei nele – sim, acho que sou muito sortuda em ter um namorado que entenda de moda. <3
Esse negócio de usar saltão e ir muito espalhafatosa para assistir desfile não é comigo: sou da turma do tênis, das botinhas e flats confortáveis; do time do mais algodão e menos tecido que impede seus movimentos, afinal, SPFW foi feita para gente andar de um lado para o outro buscando inspirações e, acredite, isso cansa bastante. Bem, e todos os meus looks favoritos lá da SPFW eram de pessoas que sabiam como mesclar conforto e sofisticação, sem ficar over. Questão de gosto, gente!
Optei então por usar um vestido mídi cinza com listras verticais da Cotton On – desses que só as Kardashians e as migas fashionistas curtem – combinado com uma camisa em denim bem larguinha da MUCS Jeans, um tênis branco da Adidas – porque às vezes eu sou uma fashion victim -, colares e pulseiras prateadas e uma clutch amarelonacom o lettering “Táxi”, da Kate Spade. Ah, nos lábios eu usei o batom Fashion Revival da MAC que ganhei no evento Instant Artistry da marca de cosméticos mais daora de todas. O João também foi todo lindinho, de jeans + jeans, bota mostarda da West Coast, relógio e pulseiras masculinas em marrom. E olha que a gente nem combinou o lance de usar jeans + amarelo, viu?
Na sexta-feira fui sozinha para assistir o desfile da GIG Couture e como era, até então, o dia mais frio do ano, usei duas meia-calças quentinhas e texturizadas da John John, cut out boot da Lilly’s Closet, shorts da Romwe, jaqueta de couro fake e franjas da C&A – minha favorita da vida – e um cachecol xadrez que mais parece uma mini mantinha, da Cotton On e que eu roubei do guarda-roupa da Mayarinha.
Difícil dizer o desfile que mais gostei de assistir nesta temporada, pois cada um tinha uma temática, uma aura e um estilo. O desfile da Isabela Capeto teve como inspiração o livro “Alice através do Espelho” e trouxe peças delicadas, com muitos babados, bordados, rendas e delicadezas; a Tryia, por sua vez, apresentou um verão solar, iluminado e com estampas cheias de misticismo e desenhos étnicos; já a GIG Couture apostou em cores contrastantes, muito geometrismo, texturas e volumes.
Desfile Triya – Verão 2017
Desfile Isabela Capeto – Verão 2017
Desfile GIG Couture – Verão 2017
As exposições que compõem s SPFW costumam ser de encher os olhos. Os destaques desta edição ficam para a “Mãos que Valem Ouro” logo na entrada do evento e que, com curadoria da Artesol, destacava o valor das mãos durante os processos criativos dos designers; e também para a expo “365” com obras da ex-modelo e artista Nathalie Edenburg, com um autorretrato para cada dia do ano, mostrando as múltiplas identidades e estados de espíritos que levamos conosco diariamente.
Exposição “Mãos que Valem Ouro”
Exposição “365” por Nathalie Edenburg.
Para quem não sabe, na São Paulo Fashion Week você precisa de convite para tudo: um para entrar no evento, um para assistir cada um dos desfiles do dia e outros para lounges fechados. Alguns dos lounges fechados pareciam bem interessantes como o da Revista Glamour, da Revista Vogue e do SEBRAE, mas como eu não tinha convite para nenhum deles, acabei espiando tudo pelos snaps da vida e aproveitei os stands que eram abertos para todo mundo.
No da Coca-Cola você ganhava uma garrafinha fofa e personalizada da SPFW que eu achei uma gracinha; o pessoal da Magnum estava distribuindo sorvetes no sabor de Capuccinno e cappuccinos feitos com o sorvete da marca – deu para entender, né?; e o pessoal da Natura estava disponibilizando vários produtos da marca para que o pessoal pudesse retocar a make durante o evento. Coincidentemente, no segundo dia de desfile eu estava usando meu batom Natura Aquarela nº01 e que tem um tom bem elegante e impactante de vinho – os batons da Natura são f*cking awesome, né?
Como boa patrocinadora do evento, a Natura organizou também bate-papos e pocket shows ao longo da semana com pessoas influentes para debater sobre todos os tipos de beleza. Na quarta assisti um pedacinho da conversa sobre Moda & Gênero com a Jéssica Tavani no Canal das Bee e com o artista Liniker, que define o termo genderless. Moda, se não democrática, não tem graça!
Espero que você tenha curtido o post de hoje! Foi muito bom dividir este momento contigo. <3
Para sua coleção de Primavera Verão 2017, Patricia Bonaldi elevou o mood tropical e a felicidade ao nível máximo. Com muita brasilidade, na sua essência, a estilista trouxe elementos da obra de Tarsila do Amaral, as cores da nossa bandeira, tons aparecidose formas da natureza para a passarela. O resultado só poderia dar em muita bossa!
Com combinações nada óbvias, várias estampas de folhagens e cores diferentes foram apresentadas em um mesmo look, além de um atrevimento divertido no mix de materiais, como é o caso do linho e douchesse com fios de aço. A moulagem foi usada em mais da metade da coleção e o trabalho construiu formas precisas em maxi-quimonos, casaquetos de linhas ora arredondadas e ora estruturadas e saias mídi com amarrações.
Os bordados tão característicos da marca aparecem nesta coleção como coadjuvantes, apenas pontuais para criar volumes e texturas. Decotes que vão até a altura do seio, fendas e vestidos feitos somente com tule e patches de couro cortados a laser complementam uma coleção alegre e que passa uma mensagem positiva sobre o futuro do Brasil em tempos de crise política. Plissados em material acetinado são construídos em saias e tops e fazem um contraponto com materiais mais estruturados como o jeans e o jacquard.
Os acessórios, por sua vez, foram todos construídos em parcerias especiais: flats e sandálias foram criadas pela Uza Shoes – algumas delas reproduzem estampas da coleção; e a CINE 732, das sócias Guta Virtuoso e Luciana Conde, é a responsável pelos braceletes resinados em forma de estrela e brincos pendulares que arrematam com precisão o styling do desfile.
Foto: Paulo Reis/FOTOSITE
Foto: Paulo Reis/FOTOSITE
Ficha técnica – Coleção PatBo Primavera/Verão 2017
Estilista: Patricia Bonaldi
Stylist: Dani Hueda
Beleza: Rodrigo Costa
Diretor do desfile: Zee Nunes
Acessórios: CINE 732
Sapato: UZA Shoes
Foto: Paulo Reis/FOTOSITE
Como boa fã de backstage que sou, te deixarei com algumas imagens das modelos belíssimas antes de entrarem na passarela e também da estilista Patrícia Bonaldi, toda orgulhosa com suas criações.
Foto: Paulo Reis/FOTOSITE
Foto: Paulo Reis/FOTOSITE
E você, gostou da coleção de Verão 2017 da PatBo?
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